quinta-feira, 12 de junho de 2014

Pesquisa cientifica sobre Bambata ou Bazombo na RDC

PROVÍNCIA DE MBATA OU REINO DE MBATA

Sua localização, segundo historiadores, Mbata – ficava a Este, junto ao rio Kwango, não era bem uma província, era antes um reino que ficara sujeito ao rei do Congo voluntariamente. O Mani Mbata não era escolhido ou nomeado pelo rei. Esta responsabilidade pertencia à Kanda Nsaku, e dentro dessa família era o eleito pelo povo de Mbata. Mais tarde, aparece o clã Mpassi, (ki) a disputar esse privilégio ao clã Nsaku (ki). A província de Mbata tinha um grande exercito para se defender contras os jagas que eram povos vizinhos aguerridos.


"Os Zombo (hoje separados entre Mbata e Zombo, mas antigamente eram todos Besi -Mbata, e os Zombo eram da linhagens de Mani Mbata) são os Kôngo, falando das dimensões territoriais, sociológicas/ antropológicas... Mesmo quando surgiram as confusões nos séculos XVII, quando foi criado uma pseudo-capital em Mbata (Zombo) naquela altura das tendências balcanizadoras. Depois da morte do nacionalista Vit'a Nkanga em 1665, Kôngo passou a ter três capitais."
( Os Bambata ou Bazombo, são bakongo. Publicado por Muana Damba, História do Reino do Kongo, Patrício Batsikama )



No passado fim de semana, dia 07 de Junho de 2014 o grupo de pesquisas cientificas sobre Zombo, constituído por Professor Universitário da Universidade Agostinho Neto, Vuvu Manzambi Fernando, Professor Universitário no ISCED-Uige, Disengomoka Sebastião Alexandre, João Daniel, ajudante do antropólogo, Vuvu Manzambi e Belo de Sousa, ajudante do Psicólogo, Disengomoka Sebastião Alexandre, deslocou-se a República Democrática do Congo, (RDC), para trabalho de campo no domínio da tradição oral, na antiga Província do Reino do Congo, de Mbata, entre os dias 07 e 09 de Junho de 2014.




O turismo que transportou os investigadores de Angola a RDC, Kimpangu.
Durante os dias de trabalho de campo, a equipe hospedou-se na missão católica de Kimpangu.


Nessa pesquisa cientifica no domínio da tradição oral, sobre o surgimento da antiga província de Mbata no reino do Congo, os pesquisadores obtiveram respostas sobre varias questões:


1. A chegada dos primeiros kikongos na região de antiga província do reino do Congo, de Mbata;
2- quem encontraram no terreno;
3 - Os primeiros chefes que dirigiram a região;
4 - A ordem das sucessões;
5. Actuais clãns na região;




Para confirmar os dados publicados por Professor Patrício Batsikama, em seu artigo sobre História do Reino do Congo, no site do Muana Damba, durante o trabalho de campo em Kimpangu e Mbata registou-se o seguinte:




- Após primeiras impressões em kikongo, com o Administrador de Kimpangu, foi passada na lingua kikongo, uma carta de recomendação, que permitiu os pesquisadores, realizarem seu trabalho de campo no domínio da tradição oral com os anciãos de actual Mbanza Mbata;



                                                       Administrador de Kimpangu







Antropólogo Vuvu Manzambi Fernando, Psicólogo Disengomoka Sebastião Alexandre, Responsável da policia local de Mbata e o Belo de Sousa, Jornalista de ANGOP-Uíge e ajudante do Antropólogo entrevistando. 


- João Afonso - sobeta do município do Zombo, que acompanhou a equipe ao Kimpangu é familiar do responsável responsável da policia de Londe em Mbanza Mbata; 



Os investigadores foram acompanhado de Kimpangu ao Mbanza Mbata, por Fu kia Vata Jean (Responsável dos serviços de emigração em Kimpangu), que também falava kikongo;


Nesse jango as entrevistas com nossos irmãos foram realizadas somente na língua kikongo;




A equipe visitou também a aldeia Tambi, onde encontra-se marcada sobre uma pedra pata de pé humana.



Após respeitáveis formalidades de Nkuwo, saudação bakongo, no momento da identificação dos clãs actuais naquela localidade, cada um dos membros do grupo de pesquisadores, encontrou seu familiar matrilinear do kanda e patrilinear (kise)
Também pelos natos de Mbata, não é frequente o uso da lingua lingala do congo democrático, a não ser na escola e serviço Mbata.







Os cinco (5) motoqueiros que transportaram os investigadores ao Mbata, cerca de 18 km de Kimpangu, falavam somente kikongo e as irmãs da missão catolica de Kimpangu, que nos reservaram seu abrigo, também. 






                            Minutos antes da chegada ao Mbanza Mbata Londe



Momento de regresso e o "almoço de kikwanga com sardinha" junto das margens do rio Luidi, que nasce no municipio do Zombo.


                                            Ponte sobre o rio Luidi


No final dos trabalhos, um congolês democrático de Mbanza Mbata Londe, perguntou, então porque existem desentendimentos entre nós e vós na fronteira, sendo mesma a cultura?.

Percebe-se, que essas famílias ficaram separadas politicamente, desde a Conferencia de Berlim de 1885, que delimitou o congo, dividindo famílias, uns para Congo Português, outros para o Congo Belga e Congo Francês, mas até hoje, continuam unidos culturalmente pela língua de ntotela, hábitos e costumes.




                                                 Regresso da equipe

João Daniel e Belo de Sousa


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